E no começo era apenas Ela. Ela e toda sua existência complexa e de menor valor. Ela e toda sua majestade de perdas e vazio. E Ela resolveu que estar sozinha não era bom. Mas se Ela era tudo, ela ocupava tudo. E se ocupava tudo, como criar algo? Ela pensou... E pensou..
E descobriu!
Ela só tinha que se diminuir, se separar do todo que se mantinha e criar ao que seria... Ele. Ele era o lado mais puro e bondoso dela, que trazia em si a memória da vilania dos tempos que viriam. A memória dos tempos remotos que cada vez mais se aproximavam e que Ele não poderia impedir com as recordações dos áureos tempos que nunca desabrochariam. E eles brigaram. E dessa briga constante, tomaram o conhecimento do vazio que estava apenas entre os dois. Um espaço vago que a separação de Ela em Ele não foi o suficiente para preencher algo criado pelo mesmo ato.