2011-05-23

A cultura da tradição...





É engraçado como a gente começa a pensar nas coisas. Como estudante de Letras: Português/Japonês, tenho uma interessante matéria chamada Cultura e Civilização Japonesa, onde estudamos e debatemos as origens do que é o Japão atualmente. Vemos os inícios das tradições, e vemos o que não é realmente nativo de um povo, mas que as pessoas tendem a acreditar que seja...
Por isso, e pelo fato do que venho pensado em tempos, resolvi fugir um pouco do contexto Tormenta para falar um pouco de Mundo das Trevas (que é a área que mais gosto, em RPG).


Porque não mudar...

Ah, isso é fácil de responder.
Todos já conhecemos o velho, já possuímos livros, sabemos as regras de cor... A música antiga é um clássico. E é um clássico porque é bom. É bom porque é clássico. AD&D é melhor do que D&D terceira edição porque tem muitos cenários. D&D 3ª edição é melhor do que a 4E, por causa da licença aberta, das regras. (Tá, na minha opinião realmente é, mas ela não vem ao caso agora.
E de certa forma, é mesmo. Afinal, é muito bom de verdade você continuar a jogar algo que você já conhece, e reler um livro nos faz ver um ou outro detalhe que deixamos para trás.
Viver aventuras com seu vampiro LaSombra é sempre empolgante, ainda mais quando você já conhece todas aquelas variantes de Disciplinas, todas aquelas Qualidades e Defeitos que ajudam a montar a personalidade. Sem contar os combos! Nunca esquecerei meu Galliard Fianna que dá mais de 50 dados de dano em posto 3, num ataque. Sem contar que são aventuras memoráveis.
  Assim, fica muito mais fácil não mudar. Não trocar de sistema. Um dia conheci um cara que soltou a seguinte frase: “Eu tenho alergia à Vampiro o Réquiem. Eles tiraram tudo o que tem de bom n’A Máscara!” Eu apenas dei de ombro e pensei: “É. Pessoas lêem resenhas e querem manter opinião." Mas eu não tiro o crédito delas também.
Afinal de contas, tal qual um viciado não larga a droga... É muito difícil uma pessoa que tem um certo amor por um cenário o largar. Eu sou um bom exemplo... Mesmo com meu mundo próprio praticamente pronto... E não largo Arton! xD



Por que, então, mudar?

Ora, demagogias de lado, tradicionalismo de lado: experimentar é algo maravilhoso! Vai, se Gygax e seus amigos não tivessem pensado: “Nossa, vamos experimentar um jogo de wargames onde interpretaremos apenas uma pessoa ao invés de um exército!”; nosso hobby adorado nem teria nascido! Se Hein•Hagen não tivesse rachado a cabeça e tentado experimentar um jogo com os jogadores fazendo o papel dos vilões vampirescos dotados de luxúria e intriga, Vampiro A Máscara não teria sido lançado e o “Boom” do RPG em 94 não teria ocorrido no Brasil.
E então... Nem esse blog teria sido lançado, e provavelmente, nem você leitor, seria um jogador.

Portanto, me digam: Qual o problema de experimentar?
Se uma linha foi descontinuada em função da outra, o que lhe garante que os autores dessa nova linha não tenham aprendido com possíveis erros da outra? “Ah, mas a outra é perfeita!” Convenhamos, se fosse não teria sido descontinuada.
E gente... Não querendo difamar ninguém, mas com o apelo que a Devir anda fazendo de seus livros, é normal que ninguém queira ver o que há de novo...
Mas tentem... Quer ver uma coisa interessante?
Recentemente, emprestei meu exemplar do Réquiem para um amigo completamente fã d’A Máscara. Pouco mais de uma semana depois, ele me liga: “Cara, quanto você quer nesse livro?”
Ou seja, basta um pouco de boa vontade.

Com isso, estou trazendo pra vocês as três aventuras introdutórias do novo Mundo das Trevas. Essas aventuras são gratuitas, oferecidas no próprio site da Devir ou da White Wolf.

Vampiro o Requiem – OFilho de Maria
Lobisomem os Destituídos – ManitouSprings
Mago o Despertar – Umolhar pra dentro de você

Bom, são gratuitos, em português e quase não pesam (excessão a'O Filho de Maria). Portanto, baixem, leiam, joguem.

Depois disso, podem voltar a ficar com a tradição. Ou, balancear o novo e ver se vale à pena. Às vezes, o novo pode ser tão bom quanto o velho.

Mas Iron Maiden ainda é melhor do que Restart...
E vamo que vamo, tentando levantar a Fênix!

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